domingo, 22 de novembro de 2015

Nossos Filhos - A expectativa dos pais e as notas dos filhos



Não espere demais de seus filhos. Esse é o conselho que pesquisadores das Universidade de Reading, na Inglaterra, estão dando. De acordo com estudo realizado por eles, altas expectativas só vão fazer as crianças irem mal na escola.

A ideia vai contra um consenso, até mesmo já relatado em pesquisas anteriores, sobre que o fato de que a alta expectativa parental beneficia a educação de jovens. Mas o texto deixa claro que a valorização das crianças não é negativa, pelo contrário, o texto afirma que apostar nos filhos faz bem para o desenvolvimento escolar dos pequenos. O grande problema apontado pelo estudo é a expectativa irreal. Nossa pesquisa revelou lados positivos e negativos das expectativas dos pais sobre a performance acadêmica de seus filhos. Apesar dessa expectativa poder ajudar em uma melhora acadêmica das crianças, se for excessiva, pode se tornar venenosa, afirmou o principal autor da pesquisa, professor Kou Murayama, em comunicado.

De acordo com os pesquisadores, quando a pressão por algo começa a ficar muito fora de suas habilidades, o aluno percebe que não consegue cumprir tais expectativas e desanima, o que reflete diretamente em seus resultados. Para a criança, pode gerar uma queda de eficácia, uma ansiedade, ou um sentimento negativo em relação a conquistas, assim como uma frustração, diz trecho do estudo.

Para realizar o estudo, pesquisadores reuniram um grupo de 3.530 jovens na Bavária, Alemanha, entre 2002 e 2007, todos estudantes do ensino fundamental ou médio. Os pesquisadores também resolveram checar a descoberta, comparando os resultados alemães com dados coletados de 12 mil estudantes de colégios nos Estados Unidos nos anos de 2002 e 2004. E a conclusão foi a mesma.

Os pesquisadores acreditam que apontar essa questão pode ajudar no desenvolvimento de novos modelos de educação que ajudem de maneira mais ampla a formação acadêmica e pessoal das crianças.

Fonte: http://super.abril.com.br/ 



segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Nossos Filhos - Como lidar com filhos tímidos?

Veja cinco atitudes que devemos evitar quando lidamos com filhos tímidos. 


1. Ser superprotetor

Filhos de pais superprotetores, que não os deixam ter suas próprias experiências, tendem a ser mais tímidos. "Isso porque, em geral, os pais superprotetores também sentem medo. Então, não permitem que a criança faça uma série de coisas. Essa atitude passa para o pequeno um medo e uma insegurança, que são a base da timidez", explica a professora da Unesp.

Inclusive, essa relação foi demonstrada em um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, publicado em dezembro de 2014 no periódico Child Development, jornal científico da Sociedade para Pesquisa no Desenvolvimento da Criança, também americana. No trabalho, os pesquisadores acompanharam 165 voluntários, dos 4 meses de vida até a adolescência. Ao longo desse período, os cientistas analisaram seus comportamentos por meio de testes feitos em laboratório e de questionários preenchidos pelos pais. Quando os participantes tinham entre 14 e 17 anos de idade, veio o resultado: aqueles que eram inseguros, muito apegados ao pai e à mãe ou que sofriam restrições durante a infância apresentavam níveis maiores de ansiedade e timidez depois de crescidos.

2. Expor a timidez do filho para os outros

"O gato comeu sua língua?", "Para de ser bicho do mato!". Engana-se quem pensa que ao dizer frases como essas está fazendo bem para os pequenos que são tímidos. Ao contrário: ao expor a timidez para outras pessoas, a insegurança e o medo só aumentam. "A criança costuma interpretar exatamente o que está sendo dito. 'O gato comeu sua língua' pode dar a ideia de que ela deu algum motivo para que isso tenha acontecido, como se fosse um problema", critica Andréia Wiezzel.

O primeiro passo para evitar casos como este é respeitar o jeito de ser do seu filho. "Se isso acontecer, a tendência é que ele vá amenizando esse traço de personalidade e adquirindo mais recursos sociais", diz Christine Bruder. Para ajudá-lo nesse processo, proponha brincadeiras que simulem as situações que ele não consegue enfrentar, como ter vários amigos ou ir a uma festinha. "É importante deixá-lo conduzir para que mostre seus anseios e dificuldades", recomenda a docente da Unesp.

3. Comparar com outras crianças

"Comparações são desrespeitosas em qualquer circunstância. Todo mundo tem que ser amado pelo que é", defende a criadora do berçário Primetime. É bem por aí mesmo. A criança tímida ainda não está emocionalmente pronta para enfrentar certas situações - e isso deve ser respeitado. "Ela precisa criar uma estrutura interna que a permita ter essa experiência para a qual ainda não está preparada", afirma Andréia Wiezzel. Portanto, procure conversar com seu pequeno e entender do que ele tem medo. Essa pode ser uma boa saída para desfazer muitas das fantasias que ele criou - e que alimentam essa timidez toda.

4. Forçar o pequeno a fazer algo que ele não quer

Esse é um dos maiores erros cometidos pelos pais de crianças tímidas. "Muitas vezes, no intuito de ajudar o filho, eles acabam empurrando-o para uma situação que pode ser dolorosa", pontua Christine Bruder. Em vez de forçar a barra, tente negociar: se seu filhote não quer ir a uma festinha de aniversário, por exemplo, proponha acompanhá-lo. Chegando lá, é bem provável que ele veja os outros se divertindo e acabe se soltando. "Quando o pequeno sente que o adulto é parceiro e facilitador, ele tende a ter uma postura de maior aceitação", garante a psicóloga.

5. Ser autoritário

Está aí outra atitude que pode tornar meninos e meninas mais tímidos. "Uma criança que tem uma família muito autoritária, que a agride emocional ou fisicamente, acaba não desenvolvendo uma segurança na relação com os pais. E isso pode levar à timidez", adverte a professora da Unesp. Portanto, fica o recado: criar o seu filho com amor e carinho - respeitando a sua personalidade e observando comportamentos que podem trazer prejuízos - é tudo o que ele precisa para crescer feliz e confiante de quem é.


Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Nossos Filhos - Déficit de atenção: 8 sinais




O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma "doença" (grifo nosso) cercada de controvérsia. Por atingir principalmente crianças, muitos pais enxergam problemas onde eles não existem — sintomas isolados são comuns nesta fase da vida. Também há quem não preste atenção ao conjunto de sintomas que a caracterizam: quadros de desatenção, hiperatividade e impulsividade de maneira exacerbada.

Há um grande número de crianças com a doença, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), cerca de 3% a 5% das crianças brasileiras sofrem de TDAH, das quais de 60% a 85% permanecem com o transtorno na adolescência.

É preciso enfrentá-la cedo. Quando não diagnosticada e tratada, pode trazer sérios prejuízos a curto e longo prazo. Em crianças, é comum a queda no rendimento escolar, por causa de desorganização, da falta de paciência para assistir às aulas e estudar. Na fase adulta, o problema pode ser a causa de uma severa baixa auto-estima, além de afetar os relacionamentos interpessoais, uma vez que a pessoa tem dificuldades em se ajustar a horários e compromissos e, frequentemente, não consegue prestar atenção no parceiro.
  
Confira abaixo oito desses sintomas que, quando aparecem com frequência e em mais de um ambiente (escola e casa, por exemplo), podem servir como um alerta de que chegou a hora de procurar ajuda profissional.


  • DISTRAÇÃO
As crianças com TDAH perdem facilmente o foco das atividades quando há algum estímulo do ambiente externo, como barulhos ou movimentações. Elas também se perdem em pensamentos “internos” e chegam a dar a impressão de serem “avoadas”. Essas distrações podem prejudicar o aprendizado, levando o aluno a ter um desempenho muito abaixo do esperado.


  • PERDA DE OBJETOS
Perder coisas necessárias para as tarefas e atividades, tais como brinquedos, obrigações escolares, lápis, livros ou ferramentas, é quase uma rotina. A criança chega a perder o mesmo objeto diversas vezes e esquece rapidamente do que lhe é dado.


  • FALTA DE CONCENTRAÇÃO NA LIÇÃO ESCOLAR
Impaciente, não consegue manter a atenção por muito tempo. Por isso tem dificuldade em terminar a tarefa escolar, pois não consegue se manter concentrada do começo ao fim, e acaba se levantando, andando pela casa, brincando com o irmão, fazendo desenhos...


  • MOVIMENTAÇÃO CONSTANTE
Traço típico da hiperatividade, é comum que mãos e pés estejam sempre em movimento, já que ficar parado é praticamente impossível. A criança acaba se levantando toda hora na sala de aula e costuma subir em móveis e em situações nas quais isso é inapropriado. Para os pais, é como se o filho estivesse “ligado na tomada”.


  • BRINCADEIRAS E PASSEIOS AGITADOS
Existe grande dificuldade em participar de atividades calmas e em silêncio, mesmo quando elas são prazerosas. Em vez disso, preferem brincadeiras nas quais possam correr e gritar à vontade. Por isso costumam ser vetados de algumas festas de aniversário ou passeios escolares.


  • FALTA DE PACIÊNCIA
Tendem a ser impulsivas e não conseguem esperar pela sua vez em filas de espera em lojas, cinema ou mesmo para brincar. É comum ainda que não esperem pelo fim da pergunta para darem uma resposta e que cheguem a interromper outras pessoas.


  • DESATENÇÃO
Distraída e sem conseguir prestar atenção na conversa, dificilmente consegue se lembrar de um pedido dos pais ou mesmo de uma regra da casa. A sensação que se tem é a de que ela vive “ no mundo da lua”. É comum, portanto, que os pais acabem repetindo inúmeras vezes a mesma coisa para a criança, que nunca se lembra do que foi dito.


  • IMPULSIVIDADE
A criança com TDAH não tem paciência nem para concluir um pensamento. Assim, ela acaba agindo sem pensar e chega a ser impulsiva e explosiva em alguns momentos. Os rompantes podem ser vistos, por exemplo, durante brincadeiras com os demais colegas que culminem em brigas ou discussões.


Fonte: VEJA, citado por http://pedagogiadobrasil.blogspot.com.br/

Leia mais: http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html