domingo, 6 de dezembro de 2015

Nossos Filhos - Ensine seu filho a sonhar!




Dicas do que você deve fazer desde cedo para educar seu filho a ser determinado e capaz de conquistar o que ele deseja

Quais são os sonhos do seu filho? Independente da sua resposta, uma coisa é certa: determinação, foco e disciplina são habilidades essenciais para realizar qualquer objetivo. São elas que diferenciam aqueles que se comprometem até o fim dos que desistem no primeiro fracasso.

A psicóloga Angela Lee Duckworth, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, encontrou dois indicadores de sucesso na vida estudantil e profissional: autocontrole (capacidade de controlar impulsos e emoções) e determinação (capacidade de ter paixão e seguir um objetivo por um longo período de tempo). Ela descobriu que, sem determinação, é mais difícil alcançar o sucesso na vida pessoal e profissional, mesmo com talento. “Existem muitos indivíduos talentosos que simplesmente não vão até o fim com seus compromissos”, disse na palestra “A chave para o sucesso? Determinação!”.

Veja porque estimular competências como sociabilidade, curiosidade e dedicação no seu filho. Você deve conhecer histórias de pessoas que conseguiram superar suas dificuldades com esforço e histórias de pessoas que tinham tudo para dar certo, mas se acomodaram com o que tinham e não sonharam alto ou não tiveram disciplina suficiente para chegar lá.

Determinação se aprende

A boa notícia é que todas essas características, como determinação, foco e disciplina podem ser aprendidas em casa, desde cedo. “A Educação deve capacitar as crianças para que possam aprender a realizar seus sonhos”, diz a educadora e doutora em Educação pela PUC-Rio Andrea Ramal.
Mesmo que não possam conquistar os sonhos pelo filho, os pais podem educar para que ele tenha as melhores condições de conquistá-los, como ter “um espírito empreendedor, proatividade e capacidade de enfrentar as adversidades da vida sem desanimar”, descreve Andrea Ramal.

Veja como você pode incentivar no dia a dia o desenvolvimento de habilidades necessárias para que seu filho conquiste os próprios sonhos:

Incentive que seu filho tenha sonhos

O primeiro passo para conquistar algo é acreditar que é possível. Se não, a pessoa desiste antes mesmo de tentar e o sonho não sai do plano da imaginação. “O sonho é um motivador para os nossos esforços pessoais, como o estudo”, explica Andrea Ramal, doutora em Educação pela PUC-Rio. “Os pais não precisam exigir que o filho mude a história do mundo, mas podem estimulá-lo a ter coragem de sonhar e de pensar grande”, diz.

Muitos pais, por exemplo, tentam convencer o filho de que é importante estudar para que ele tenha um bom emprego e possa comprar bens materiais, mas para a educadora, a criança precisa perceber que se estudar vai ser mais feliz e poderá escolher uma carreira que transforme o mundo. “Cabe aos pais estimular nas crianças sonhos altruístas e não consumistas”, explica.

Não transfira seus sonhos para seu filho

Muitos pais têm a expectativa de que os filhos realizem aquilo que eles não puderam fazer por falta de oportunidades. Mas muitas vezes, os filhos não possuem os mesmos sonhos. “Todos temos frustrações na vida, mas o pai não pode cobrar que o filho resolva isso por ele”, explica a doutora em Educação pela PUC-Rio Andrea Ramal. O resultado? Mais frustração. Tanto para os pais, que não veem seu sonho realizado, quanto para o filho, que se sente culpado por ter seus próprios sonhos e mais ainda por decepcionar os pais.

Quando os filhos não trilham seus próprios caminhos, seu processo de desenvolvimento e crescimento pessoal fica prejudicado. “A criança pode desacreditar em seu próprio potencial em vencer obstáculos e se sentir insegura”, explica a psicóloga infantil Marta Santos Oliveira.

Converse com seu filho para conhecer o que ele pensa, seus gostos, suas habilidades e seus sonhos. Assim, é mais fácil respeitar a individualidade dele.

Estimule o espírito empreendedor e criativo

Digamos que uma criança venha com alguma ideia nova. Se os pais a ridicularizam dizendo “que ideia besta”, “isso é uma maluquice” ou “isso você nunca vai conseguir”, estão passando, sem querer, a mensagem de que a criança não deve ter ideias, porque elas não são boas. Em vez disso, os pais devem aproveitar a oportunidade para transformar o interesse em aprendizado, como pesquisar experimentos relacionados na internet. “Isso mostra às crianças que ter ideias é bom e leva a descobertas de coisas legais”, diz Andrea.

Uma atitude empreendedora é fundamental para quem quer realizar sonhos. “Alguém com proatividade, capacidade de planejamento, de enfrentar adversidades sem desanimar tem mais chances de chegar lá”, explica a educadora Andrea Ramal.

Outra dica é aproveitar as perguntas de seu filho. Em vez de dar a resposta pronta, que tal estimular que a criança reflita sobre as possíveis respostas ou propor que descubram juntos?

Não proteja demais o seu filho

Quem ama quer proteger do sofrimento. Isso é natural e compreensível! Porém, colocar o filho em uma redoma de vidro é tirar a oportunidade de ele, desde cedo, aprender a lidar de forma positiva e equilibrada com as frustrações, inevitáveis ao longo da vida. Para que possa aprender a ser determinado e a não desistir facilmente, a criança precisa encarar frustrações. Com o apoio dos pais, ela é, sim, capaz de enfrentar situações como perder um jogo, tirar uma nota baixa ou não ser convidada para alguma festinha de aniversário. “Se não aprende desde cedo, essa criança pode se tornar um adulto mimado, egoísta e com dificuldade de perceber a necessidade do outro”, alerta a psicóloga infantil Marta Santos Oliveira. “Quando tiver sua vontade contrariada, pode reagir negativamente, com comportamento deprimido e sofrer por não entender que os outros não estão aí para servi-lo”, diz.

Qual é a postura ideal, então? “Não dourar a pílula. Se o filho chega com nota baixa e você sabe que ele não estudou, não mascare a realidade”, explica a doutora em Educação pela PUC-Rio Andrea Ramal. Dizer que a professora é uma carrasca, que a matéria é chata ou que ninguém consegue entender esse conteúdo permite que a criança se isente da sua responsabilidade como aluno.

Os pais devem acolher o filho com afeto e fazê-lo encarar a realidade. “Os pais devem cobrar dedicação e dizer que acreditam na capacidade do filho de melhorar, se estudar, claro”, complementa Andrea.

Eduque para o comprometimento

Desistir no primeiro obstáculo impede que se chegue onde se quer. Explique a importância do comprometimento e da dedicação no dia a dia, mostrando histórias em que a perseverança fez a diferença – use o exemplo de ídolos do esporte para mostrar que é o sucesso não cai do céu e é preciso persistir e superar obstáculos.

Os pais precisam intervir se o filho começa tudo, mas não termina nada. É comum a criança começar cursos e desistir depois das primeiras semanas. “É válido que ela experimente coisas diferentes até encontrar algo de que goste, mas não pode não gostar de nada”, orienta a educadora Andrea Ramal. Os pais devem escolher as atividades com as crianças – o que também desenvolve a autonomia e capacidade de fazer escolhas – e combinar metas claras com ela, como cursar até o fim do semestre. “Isso educa porque faz a criança perceber as consequências das decisões que toma e a torna mais responsável”, diz Andrea.

Ensine a não ter medo de errar

Jamais reprima algum erro de seu filho. Não diga coisas do tipo “Como você pôde errar isso na prova?”, “não acredito que você ainda não entendeu isso” ou outras acusações que fazem seu filho sentir-se menor por conta das suas limitações. Isso dá a impressão de que ele tem obrigação de saber tudo – o que não é verdade – e faz ele se acanhar por medo de represálias, desistindo de tirar suas dúvidas em aula, por exemplo.

O erro não é sinal de falta de talento. Ao contrário, deve ser visto como uma oportunidade de aprender e acertar na próxima vez. Quem não lida bem com os erros e frustrações evita situações desafiantes, mais propícias ao erro, e geralmente não gosta de arriscar e experimentar – duas ações importantíssimas para o desenvolvimento pessoal e profissional.

O próprio mundo corporativo está transformando sua maneira de encarar o erro. O lema central das startups, novas empresas de tecnologia, é “fail fast, succeed faster” (algo como “falhe logo e alcance o sucesso mais rápido”, em português). “O erro passa a ser o meio para se atingir um objetivo, faz parte da trajetória para o sucesso”, explica a educadora Andrea Ramal.

Os pais devem entender que o erro é essencial no processo de aprendizagem e, por isso, evitar broncas e críticas exageradas, mas sem deixar de cobrar, claro. O ideal é acolher o erro e impedir, por exemplo, que vire motivo de ridicularização na família. Sempre transmita confiança no potencial do filho para superar o erro.

Valorize o esforço

Você já percebeu que damos mais valor para nossas vitórias na medida em que elas exigem esforço e dedicação? Mostre a seu filho que o esforço traz recompensas!

Uma pesquisa mostrou que o sucesso profissional de alguém depende de como essa pessoa encara características como inteligência e criatividade. Foi a conclusão da renomada psicóloga Carol S. Dweck, da Universidade de Stanford. Se acreditamos que cada um nasce com uma quantidade fixa de inteligência e criatividade, o fracasso nada mais é do que a constatação de que não temos esse talento. Esse comportamento faz com que as pessoas evitem desafios (para continuar parecendo inteligentes), se acomodem e não lidem bem com críticas e erros.

Se, ao contrário, acreditamos que inteligência e criatividade podem ser desenvolvidas a partir do esforço, cada desafio será abraçado como uma chance de aprender coisas novas e o fracasso nada mais será do que um indicativo de se estar mais próximo do sucesso. “A convicção de que é possível desenvolver as qualidades desejadas cria uma paixão pelo aprendizado. Por que buscar o que já é sabido e provado, em vez de experiências que o farão desenvolver-se?”, escreveu a pesquisadora no livro “Por que algumas pessoas fazem sucesso e outras não” (Editora Fontanar).

Elogie o esforço do seu filho mesmo que ele não obtenha sucesso em algo. Se perder uma competição, por exemplo, conversem para descobrir os motivos da derrota e encoraje-o, explicando que na próxima vez ele estará mais preparado, se continuar treinando e se esforçando.

Cuidado com frases do tipo “como você é inteligente! Tirou dez e nem estudou!”. Apesar de parecer um elogio, a criança entende que quem não se esforça é inteligente. “O ideal é valorizar o esforço, independente do resultado”, diz Andrea Ramal. “Reconheça o trabalho. Assim você ajudará seu filho a desenvolver uma mentalidade de autossuperação, a ter persistência e não desistir quando as coisas não forem bem”, completa.

Cobre na medida certa

Os pais precisam ter cuidado para não cobrar além do que a criança pode dar. Se a criança não tem facilidade para esportes, exigir medalhas de ouro só vai trazer frustrações improdutivas. Uma reprovação mal comunicada pode fazê-la sentir que os pais não gostam dela ou que ela não tem valor para eles. “Isso resulta em uma pessoa insegura nos relacionamentos, nos trabalhos”, explica a educadora Andrea Ramal.

Ao mesmo tempo, cobrar “de menos” também é um problema, pois não estimula a melhorar. Se, por exemplo, seu filho tira uma nota 6 e você responde “tudo bem, essa matéria é chata mesmo, nem eu conseguia tirar mais do que isso”, a mensagem comunicada é que ele pode continuar como está. “Só se esforça quem quer melhorar, se o filho não tem esse estímulo em casa, ele se acomoda”, diz a educadora.

A exigência na medida certa ajuda a formar uma criança com boa autoestima e determinada a melhorar, pois ela sabe que deve se esforçar para conquistar seus objetivos, mas tem o constante apoio dos pais caso falhe.

Texto: Iana Chan
Fonte: Educar para crescer, citado por Escola da Inteligência


domingo, 22 de novembro de 2015

Nossos Filhos - A expectativa dos pais e as notas dos filhos



Não espere demais de seus filhos. Esse é o conselho que pesquisadores das Universidade de Reading, na Inglaterra, estão dando. De acordo com estudo realizado por eles, altas expectativas só vão fazer as crianças irem mal na escola.

A ideia vai contra um consenso, até mesmo já relatado em pesquisas anteriores, sobre que o fato de que a alta expectativa parental beneficia a educação de jovens. Mas o texto deixa claro que a valorização das crianças não é negativa, pelo contrário, o texto afirma que apostar nos filhos faz bem para o desenvolvimento escolar dos pequenos. O grande problema apontado pelo estudo é a expectativa irreal. Nossa pesquisa revelou lados positivos e negativos das expectativas dos pais sobre a performance acadêmica de seus filhos. Apesar dessa expectativa poder ajudar em uma melhora acadêmica das crianças, se for excessiva, pode se tornar venenosa, afirmou o principal autor da pesquisa, professor Kou Murayama, em comunicado.

De acordo com os pesquisadores, quando a pressão por algo começa a ficar muito fora de suas habilidades, o aluno percebe que não consegue cumprir tais expectativas e desanima, o que reflete diretamente em seus resultados. Para a criança, pode gerar uma queda de eficácia, uma ansiedade, ou um sentimento negativo em relação a conquistas, assim como uma frustração, diz trecho do estudo.

Para realizar o estudo, pesquisadores reuniram um grupo de 3.530 jovens na Bavária, Alemanha, entre 2002 e 2007, todos estudantes do ensino fundamental ou médio. Os pesquisadores também resolveram checar a descoberta, comparando os resultados alemães com dados coletados de 12 mil estudantes de colégios nos Estados Unidos nos anos de 2002 e 2004. E a conclusão foi a mesma.

Os pesquisadores acreditam que apontar essa questão pode ajudar no desenvolvimento de novos modelos de educação que ajudem de maneira mais ampla a formação acadêmica e pessoal das crianças.

Fonte: http://super.abril.com.br/ 



segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Nossos Filhos - Como lidar com filhos tímidos?

Veja cinco atitudes que devemos evitar quando lidamos com filhos tímidos. 


1. Ser superprotetor

Filhos de pais superprotetores, que não os deixam ter suas próprias experiências, tendem a ser mais tímidos. "Isso porque, em geral, os pais superprotetores também sentem medo. Então, não permitem que a criança faça uma série de coisas. Essa atitude passa para o pequeno um medo e uma insegurança, que são a base da timidez", explica a professora da Unesp.

Inclusive, essa relação foi demonstrada em um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, publicado em dezembro de 2014 no periódico Child Development, jornal científico da Sociedade para Pesquisa no Desenvolvimento da Criança, também americana. No trabalho, os pesquisadores acompanharam 165 voluntários, dos 4 meses de vida até a adolescência. Ao longo desse período, os cientistas analisaram seus comportamentos por meio de testes feitos em laboratório e de questionários preenchidos pelos pais. Quando os participantes tinham entre 14 e 17 anos de idade, veio o resultado: aqueles que eram inseguros, muito apegados ao pai e à mãe ou que sofriam restrições durante a infância apresentavam níveis maiores de ansiedade e timidez depois de crescidos.

2. Expor a timidez do filho para os outros

"O gato comeu sua língua?", "Para de ser bicho do mato!". Engana-se quem pensa que ao dizer frases como essas está fazendo bem para os pequenos que são tímidos. Ao contrário: ao expor a timidez para outras pessoas, a insegurança e o medo só aumentam. "A criança costuma interpretar exatamente o que está sendo dito. 'O gato comeu sua língua' pode dar a ideia de que ela deu algum motivo para que isso tenha acontecido, como se fosse um problema", critica Andréia Wiezzel.

O primeiro passo para evitar casos como este é respeitar o jeito de ser do seu filho. "Se isso acontecer, a tendência é que ele vá amenizando esse traço de personalidade e adquirindo mais recursos sociais", diz Christine Bruder. Para ajudá-lo nesse processo, proponha brincadeiras que simulem as situações que ele não consegue enfrentar, como ter vários amigos ou ir a uma festinha. "É importante deixá-lo conduzir para que mostre seus anseios e dificuldades", recomenda a docente da Unesp.

3. Comparar com outras crianças

"Comparações são desrespeitosas em qualquer circunstância. Todo mundo tem que ser amado pelo que é", defende a criadora do berçário Primetime. É bem por aí mesmo. A criança tímida ainda não está emocionalmente pronta para enfrentar certas situações - e isso deve ser respeitado. "Ela precisa criar uma estrutura interna que a permita ter essa experiência para a qual ainda não está preparada", afirma Andréia Wiezzel. Portanto, procure conversar com seu pequeno e entender do que ele tem medo. Essa pode ser uma boa saída para desfazer muitas das fantasias que ele criou - e que alimentam essa timidez toda.

4. Forçar o pequeno a fazer algo que ele não quer

Esse é um dos maiores erros cometidos pelos pais de crianças tímidas. "Muitas vezes, no intuito de ajudar o filho, eles acabam empurrando-o para uma situação que pode ser dolorosa", pontua Christine Bruder. Em vez de forçar a barra, tente negociar: se seu filhote não quer ir a uma festinha de aniversário, por exemplo, proponha acompanhá-lo. Chegando lá, é bem provável que ele veja os outros se divertindo e acabe se soltando. "Quando o pequeno sente que o adulto é parceiro e facilitador, ele tende a ter uma postura de maior aceitação", garante a psicóloga.

5. Ser autoritário

Está aí outra atitude que pode tornar meninos e meninas mais tímidos. "Uma criança que tem uma família muito autoritária, que a agride emocional ou fisicamente, acaba não desenvolvendo uma segurança na relação com os pais. E isso pode levar à timidez", adverte a professora da Unesp. Portanto, fica o recado: criar o seu filho com amor e carinho - respeitando a sua personalidade e observando comportamentos que podem trazer prejuízos - é tudo o que ele precisa para crescer feliz e confiante de quem é.


Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Nossos Filhos - Déficit de atenção: 8 sinais




O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma "doença" (grifo nosso) cercada de controvérsia. Por atingir principalmente crianças, muitos pais enxergam problemas onde eles não existem — sintomas isolados são comuns nesta fase da vida. Também há quem não preste atenção ao conjunto de sintomas que a caracterizam: quadros de desatenção, hiperatividade e impulsividade de maneira exacerbada.

Há um grande número de crianças com a doença, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), cerca de 3% a 5% das crianças brasileiras sofrem de TDAH, das quais de 60% a 85% permanecem com o transtorno na adolescência.

É preciso enfrentá-la cedo. Quando não diagnosticada e tratada, pode trazer sérios prejuízos a curto e longo prazo. Em crianças, é comum a queda no rendimento escolar, por causa de desorganização, da falta de paciência para assistir às aulas e estudar. Na fase adulta, o problema pode ser a causa de uma severa baixa auto-estima, além de afetar os relacionamentos interpessoais, uma vez que a pessoa tem dificuldades em se ajustar a horários e compromissos e, frequentemente, não consegue prestar atenção no parceiro.
  
Confira abaixo oito desses sintomas que, quando aparecem com frequência e em mais de um ambiente (escola e casa, por exemplo), podem servir como um alerta de que chegou a hora de procurar ajuda profissional.


  • DISTRAÇÃO
As crianças com TDAH perdem facilmente o foco das atividades quando há algum estímulo do ambiente externo, como barulhos ou movimentações. Elas também se perdem em pensamentos “internos” e chegam a dar a impressão de serem “avoadas”. Essas distrações podem prejudicar o aprendizado, levando o aluno a ter um desempenho muito abaixo do esperado.


  • PERDA DE OBJETOS
Perder coisas necessárias para as tarefas e atividades, tais como brinquedos, obrigações escolares, lápis, livros ou ferramentas, é quase uma rotina. A criança chega a perder o mesmo objeto diversas vezes e esquece rapidamente do que lhe é dado.


  • FALTA DE CONCENTRAÇÃO NA LIÇÃO ESCOLAR
Impaciente, não consegue manter a atenção por muito tempo. Por isso tem dificuldade em terminar a tarefa escolar, pois não consegue se manter concentrada do começo ao fim, e acaba se levantando, andando pela casa, brincando com o irmão, fazendo desenhos...


  • MOVIMENTAÇÃO CONSTANTE
Traço típico da hiperatividade, é comum que mãos e pés estejam sempre em movimento, já que ficar parado é praticamente impossível. A criança acaba se levantando toda hora na sala de aula e costuma subir em móveis e em situações nas quais isso é inapropriado. Para os pais, é como se o filho estivesse “ligado na tomada”.


  • BRINCADEIRAS E PASSEIOS AGITADOS
Existe grande dificuldade em participar de atividades calmas e em silêncio, mesmo quando elas são prazerosas. Em vez disso, preferem brincadeiras nas quais possam correr e gritar à vontade. Por isso costumam ser vetados de algumas festas de aniversário ou passeios escolares.


  • FALTA DE PACIÊNCIA
Tendem a ser impulsivas e não conseguem esperar pela sua vez em filas de espera em lojas, cinema ou mesmo para brincar. É comum ainda que não esperem pelo fim da pergunta para darem uma resposta e que cheguem a interromper outras pessoas.


  • DESATENÇÃO
Distraída e sem conseguir prestar atenção na conversa, dificilmente consegue se lembrar de um pedido dos pais ou mesmo de uma regra da casa. A sensação que se tem é a de que ela vive “ no mundo da lua”. É comum, portanto, que os pais acabem repetindo inúmeras vezes a mesma coisa para a criança, que nunca se lembra do que foi dito.


  • IMPULSIVIDADE
A criança com TDAH não tem paciência nem para concluir um pensamento. Assim, ela acaba agindo sem pensar e chega a ser impulsiva e explosiva em alguns momentos. Os rompantes podem ser vistos, por exemplo, durante brincadeiras com os demais colegas que culminem em brigas ou discussões.


Fonte: VEJA, citado por http://pedagogiadobrasil.blogspot.com.br/

Leia mais: http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html






domingo, 11 de outubro de 2015

Peça já sua coleção, É GRÁTIS!

Pedir os livros da Coleção Itaú é como ler para uma criança: todo mundo pode fazer. É grátis e você não precisa ser cliente. Peça a sua coleção aqui: http://feitopra.vc/1VJBYc2 ‪#‎leiaparaumacrianca‬

Parabéns pela atitude, Banco Itaú!


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Nossos Filhos - Feridas que marcam a infância

5 feridas da infância que continuam a nos machucar na fase adulta




CRIANÇAS NEM SEMPRE ESQUECEM RÁPIDO O QUE PASSARAM. ALGUMAS MARCAS PERMANECEM POR MUITOS ANOS E PODEM ATRAPALHAR A IDADE ADULTA

Muitas correntes da psicologia afirmam que o que acontece com a gente na infância vai determinar grande parte do que seremos quando adultos. Nosso emocional e principalmente a maneira com que nos relacionamos com outras pessoas estão bastante ligados à forma como vivemos quando éramos crianças.

Da mesma forma, nossos filhos assimilam enquanto são pequenos quase tudo o que vai determinar como eles vão reagir a muitas situações depois que crescerem, principalmente as adversidades e frustrações. Lise Bourbeau, autora canadense especialista em comportamento humano, listou 5 feridas emocionais que acontecem na infância e são mais determinantes nas dificuldades de relacionamentos que os adultos podem apresentar ao longo da vida. Claro, nada disso é uma regra, mas reflexões que podemos fazer diariamente. Veja quais são:

1) O medo de ser abandonado

As crianças têm muito medo da ausência dos pais, o que, para ela, caracteriza o abandono. No início da vida, nossos filhos ainda não conseguem separar a fantasia da realidade e não têm ainda noção de tempo, por isso algumas ausências podem significar para a criança abandono absoluto.  Conforme a criança vai crescendo, ela vai lidando com isso de forma mais tranquila e percebendo que a presença dos pais não é possível o tempo todo, mas que eles sempre voltam ao seu encontro. Crianças que têm experiências com negligência na infância podem ter pela vida toda medo da solidão e da rejeição toda vez que não estiver perto fisicamente das pessoas que ama. Acontece que, muitas vezes, a solidão é necessária para entendermos quem somos e nem sempre as pessoas que amamos estão perto fisicamente de nós. Saber lidar com esse sentimento é importante para a vida adulta.

2) O medo de ser rejeitado

Uma das feridas mais profundas deixadas pela infância é a sensação da criança de não ter sido amada ou acolhida pelos pais ou mesmo pelos amigos na escola. Como as crianças começam a formar sua identidade a partir da maneira como são tratadas, elas podem se convencer de que não merecem afeto e passam a não se valorizar. E como já diz o provérbio: para sermos amados, primeiro precisamos nos amar.

3) A humilhação

Ninguém gosta de ser criticado. Mas a forma como as críticas são feitas muda tudo. As crianças querem que os pais as amem e que se sintam orgulhosos dela, por isso nada mais destrutivo do que chamar seu filho de estúpido, burro, fraco ou qualquer outro termo depreciativo. Quando nossos filhos cometem um erro, sentar, conversar e tentar corrigir é necessário, muitas vezes com firmeza. Mas dizer coisas para humilhar a criança vai transformá-la em um adulto dependente ou um adulto que precisa humilhar as outras pessoas para se sentir bem.

4) Falta de confiança

Nós costumamos fazer promessas para nossos filhos algumas vezes sem nos dar conta do quanto isso é sério para as crianças. Promessas não cumpridas geram um sentimento de desconfiança permanente que vai ser levado para outros relacionamentos, até mesmo os amorosos. Além disso, crianças que não conseguem confiar nos pais podem se transformar em adultos controladores. Como nem tudo na vida pode ser controlado, a pessoa pode se sentir nervosa e irritada em situações do dia a dia que poderiam ser facilmente resolvidas.

5) Injustiça

Quando alguém comete uma injustiça com a gente, os sentimentos de impotência, raiva e indignação são quase inevitáveis. As crianças sentem isso principalmente quando os pais são autoritários e frios e exigem mais do que a criança consegue dar naquele momento. Isso pode criar um sentimento de impotência e inutilidade que vai permanecer por toda a vida. Além disso, a crianças pode se tornar um adulto perfeccionista ao extremo e autoritário.

Traduzido e adaptado do site La Mente és Maravillosa, via Pais e Filhos.


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Nossos Filhos - Pais são exemplo!

O comportamento dos pais serve de exemplo para os filhos e isso se confirma facilmente: basta observar seus comportamentos, como a maneira de falar, de gesticular, de interagir com outras crianças e até mesmo com seus brinquedos. Os gestos dos pais são reproduzidos pelas crianças como se fossem suas miniaturas.

Dessa forma, cabe aos pais estarem atentos às suas atitudes e comportamentos, pois eles serão copiados e repetidos pelos filhos. Sendo modelos, os pais poderão ensinar maneiras mais saudáveis e adequadas para sua interação com o mundo e consigo mesmo. Alguns princípios devem estar embutidos nessa aprendizagem: o limite, o dever e o direito, pois só assim a criança aprende que para cada ação, existe uma consequência. Nesse processo a autoridade e a disciplina são fundamentais.

A disciplina não pode ser imposta pela força, ainda mais se considerarmos que ela vem da palavra “Discípulos”, ou seja, “alguém que aprende”. A aprendizagem, neste caso, deve estar associada à ideia de que ser disciplinado implica  na admiração espontânea e na tentativa de “copiar” esta pessoa, ou seja, os pais. A verdadeira autoridade deve se basear no exemplo e não nas condições de “dar ordens” ou castigar, atitudes comuns na conduta de muitos pais. As crianças em geral, admiram e imitam seus pais, um comportamento muito normal e esperado. Isso porque os veem como perfeitos, uma visão que só é posta em dúvida com o passar dos anos a partir da convivência com outras pessoas e da aquisição de novas experiências e conhecimentos.

Para  promoverem o compromisso do filho com certos princípios e comportamentos desejáveis, os pais devem considerar a necessidade de apego do filho a eles e lhe dar  a oportunidade de aprender no dia a dia observando o seu comportamento. É fundamental que os pais assumam a responsabilidade de que eles são as pessoas mais importantes para seus filhos e é principalmente na convivência familiar que a criança se desenvolve. Quanto mais forte esse vínculo e maior segurança e acolhimento os pais oferecem nessa relação, menos chances esses filhos terão de admirar e imitar exemplos negativos durante sua adolescência, por exemplo. Daí a importância de se preocupar com a disciplina e exemplos desde cedo.

A tarefa dos pais é de autovigilância. O autocontrole e serenidade são indispensáveis para transmitir segurança, confiança e admiração nos filhos. É necessário que haja coerência entre sua fala e suas atitudes. De nada valerá a cobrança imposta ao filho de bons hábitos e comportamentos se, na prática, os pais não oferecem condições nem exemplos que possam ser copiados. É até injusto cobrar aquilo que não se demonstra. Os exemplos envolvem uma variedade de condutas que serão experimentadas ao longo da vida, algumas delas serão reforçadas e outras deixadas de lado e é claro que, diante de modelos adequados, é diminuída a chance de se expor a comportamentos de risco que prejudiquem a si e aos outros.

Diante de falhas, o reconhecimento é necessário. Através dele é possível ensinar a responsabilidade de seus atos. Não existe nenhum manual técnico que ensine aos pais a maneira mais correta e segura de ser um bom exemplo, porém é possível saber que certas escolhas trarão benefícios ou prejuízos, a própria vida demonstra isso em seu dia a dia. Será a partir da própria experiência que os pais poderão decidir quais serão seus melhores exemplos, aqueles que desejam serem repetidos pelos filhos e que lhes trarão a satisfação, o prazer e a certeza do dever cumprido. É nobre querer o bem estar do filho e todo o trabalho, com certeza, recompensa. 
Autor: Equipe Medicina Preventiva do Bensaúde.
Fonte: www.picologiaeciencia.com.br (citada por bensaude.com.br). 


Agora, vamos assistir a este pequeno filme:



"Diga-me e eu esquecerei, ensina-me e eu poderei lembrar, envolva-me e eu aprenderei."

  Benjamin Franklin

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Nossos Filhos - Diálogo com os filhos

Há pais que, com a melhor das intenções, procuram criar um clima de diálogo com seus filhos, e tentam verbalizar absolutamente tudo. Essa atitude facilmente pode levar os pais a se converterem em interrogadores ou em fazedores de sermões, ou ambas as coisas.                                                           
Os filhos acabam por não escutar ou escapam com evasivas. Nesses casos, confunde-se o diálogo com o monólogo e a comunicação com o ensino. O silêncio é um elemento fundamental no diálogo. Dê tempo ao outro entender o que foi dito e o que se quis dizer. Um diálogo é uma interação, e para que seja possível, é necessário que os silêncios permitam a intervenção de todos os participantes.
Junto com o silêncio, está a capacidade de escutar. Há quem faça suas exposições e dê suas opiniões sem escutar as opiniões dos demais. Quando isso sucede, o interlocutor se dá conta da diferença do outro até ele e acaba por perder a motivação pela conversação. Essa situação é a que com frequência se dá entre pais e filhos. Os primeiros creem que estes últimos não têm nada o que ensiná-los e que não podem mudar suas opiniões. Escutam pouco a seus filhos, ou se o fazem, é de uma maneira inquisidora, numa posição impermeável em respeito ao conteúdo dos argumentos dos filhos. Essa situação é frequente com filhos adolescentes. Estamos diante de um dos erros mais frequentes nas relações paterno filiais: crer que com um discurso pode fazer mudar uma pessoa.
Através do diálogo, pais e filhos se conhecem melhor, conhecem sobretudo suas respectivas opiniões e sua capacidade de verbalizar sentimentos, mas nunca a informação obtida mediante uma conversação será mais ampla e transcendente que a adquirida com a convivência. Por isso, transmite e educa muito mais na convivência do que as verbalizações dos valores que se pretendem inculcar. Por outro lado, todo diálogo deve a possibilidade da réplica. A predisposição de guardar o argumento do outro e admitir que pode não concordar com o próprio são condições básicas para que o diálogo seja viável. Quando se parte de diferentes planos de autoridade, não haverá diálogo.
A capacidade de dialogar tem como referência a segurança que tenha em si mesmo cada um dos interlocutores. A família é um ponto de referência para a criança e o jovem: nela pode-se aprender a dialogar, e com essa capacidade favorecer atitudes tão importantes como a tolerância, a assertividade, a habilidade dialética, a capacidade de admitir erros e de tolerar as frustrações.


Fonte: guiainfantil.com

sábado, 19 de setembro de 2015

Dificuldade nos estudos?



Se o seu filho está com dificuldade nos estudos, oriente-o a procurar o SOE - Serviço de Orientação Educacional. Informações com o prof. Elias de Lima Neto, na Coordenação.

Olimpíadas de Matemática e de Português.




As inscrições estarão abertas a partir da próxima terça-feira, 22.09.

Níveis: 4º ano-5º ano; 6º ano-7º ano; 8º ano-9ºano

Valor da inscrição: um produto de higiene pessoal a ser doado ao Lar Torres de Melo.

Informações com o prof. Elias de Lima Neto, na Coordenação.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Nossos Filhos - Você trabalha a autonomia nos seus filhos?






"Mãe, vou viajar com a turma, tá?" - Claudia, 14 anos


"Pai, quero um smartphone de aniversário" - Gabriel, 6 anos



"Por que eu não posso ir sozinho até a padaria?" - Pedro, 7 anos



Que pai nunca titubeou diante de pedidos ou perguntas como essas? A cabeça começa a girar rápido: Eles têm idade e responsabilidade para isso? E se algo de ruim acontecer? Até que ponto soltar ou proteger?

Ver um filho crescer, amadurecer e tornar-se capaz de decidir seu destino de forma consciente, responsável, saudável é o desejo de todo pai. E, para que isso ocorra, há uma competência essencial que precisa ser cultivada desde cedo: a autonomia. A palavra vem do grego: auto - de si mesmo - e nomos - lei. Ou seja, a habilidade de estabelecer sua própria lei, de tomar uma decisão baseado nas informações disponíveis e em seu juízo moral. Usamos a palavra autonomia também para designar o quanto é possível funcionar e bastar-se sem precisar recorrer a auxílio externo.

Mas como estimular essa tomada de decisão por parte das crianças sem que elas passem a ditar as regras da casa? [...] Alguém de 3 anos pode resolver o que vai comer ou como se vestir? Seu filho de 7 anos pode escolher o que vai assistir na TV e por quanto tempo? Sua filha de 15 anos pode andar sozinha de madrugada pela cidade? Quando faz sentido uma criança ter seu próprio telefone celular?

Para esclarecer essa floresta de dúvidas pela qual os pais caminham, tateando, desenvolvendo-se junto com os filhos, acertando e errando, conversamos com a terapeuta ocupacional Lara de Paula Eduardo, com a psicóloga e pedagoga Adriana Haasz de Moura Gaunszer e com a fonoaudióloga Luana Magalhães. Elas atendem, de modo interdisciplinar, pais, crianças, adolescentes, escolas e professores no Núcleo Criação, em São Paulo.

"Estimular uma criança a fazer suas próprias escolhas é diferente de deixá-la mandar. Acredito que a baliza que devemos ter em mente é: caso a criança ou adolescente faça determinada escolha, ela ou ele têm condições de arcar com as consequências? E deve fazer isso?", explica Lara. Por exemplo: uma criança de 3 anos que escolhe o que comer - e muito provavelmente opta apenas por doces ou frituras a cada refeição -, tem condições de saber como isso afetará sua saúde? Se a resposta for não, essa escolha não cabe.

"Isso não significa que, até crescerem, não se pode permitir que as crianças façam opções para ir formando seu repertório", diz Adriana. "Você pode estimular escolhas orientadas, abrir espaços para a criança decidir dentro do que é razoável e importante para aquela família. Dizer ao seu filho que ele tem de comer algum vegetal e deixá-lo escolher entre brócolis, vagem e couve, por exemplo." O mesmo ocorre com as roupas. Não dá para deixar alguém de 3 anos sair de short no frio ou de fantasia sufocante no calor. Mas a criança pode optar dentro de uma pequena variedade.

Outra questão para se levar em conta é que cada filho é diferente. Por isso, os pais devem ir observando e aprendendo com as reações de cada um. "Para algumas crianças, lidar com muitas opções gera uma enorme ansiedade, elas não conseguem se resolver e isso em vez de ajudar, atrapalha. Já outras dão conta. É preciso respeitar e valorizar o processo de maturidade de cada uma, a sua singularidade", diz Luana.


Texto extraído da edição digital de Educar para crescer, em 11.09.15



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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Nossos Filhos - Autoestima





Olá, amigos do Colégio Ebenézer!


Vamos conversar um pouco sobre um assunto que preocupa bastante: a autoestima de nossos filhos. Pode parecer que não, mas faz muita diferença ter ou não autoestima, principalmente quando se trata das crianças e dos adolescentes de hoje. Em formação, eles têm muitas perguntas sobre si e sobre o mundo e nasceram na época em que a tecnologia afasta pessoas robotizadas. Tudo que pensam sobre si refletirá em suas decisões futuras e chega a refletir, inclusive, na aprendizagem e na vida escolar. Some-se a isso a seguinte informação: entre 2002 e 2012, cresceu 40% o número de suicídios cometidos por crianças e pré-adolescentes (10-14 anos) e 33,5% na faixa etária entre 15-19 anos. Além disso, cresce assustadoramente o número de crianças e adolescentes vítimas da depressão. Já aqui no início fica uma pergunta: diante desse quadro, por que tantas crianças estão viciadas em redes sociais?

Prossigamos.

Crianças e adolescentes precisam de alguém que os ajude para que possam enxergar a própria imagem/existência como algo positivo e importante. Assim, é interessante mostrar-lhes o quanto são especiais, o quanto são amados, o quanto têm dentro de si "elementos" que farão toda a diferença, que impactarão esse mundo, a história. Devem trazer a sensação de que eles não são robôs, são uma história a ser escrita.

Construir a autoestima dos filhos é simples: só é preciso lhes dar amor, faço referência ao amor de Coríntios 13, o amor que tudo suporta e que nunca se desfaz. Digo isso porque há muitos pais que tratam seus filhos de forma carinhosa/amorosa de acordo com os resultados que mostram: se forem bem nas notas escolares, no comportamento em casa e na escola. Ao contrário, devemos amá-los de forma incondicional, devemos cercá-los de amor, os braços deverão permanecer sempre abertos. Não significa dizer que perderemos força em nosso papel de corrigi-los, continuaremos sim dizendo "não" e dando-lhes limites sempre que necessário, só não usaremos isso para mostrar-lhes força, como se esse fosse o fundamental papel dos pais na vida de um filho. Aqui cabe uma frase de Augusto Cury, um grande pensador acerca do território da emoção: "Os filhos não precisam de pais gigantes, mas de seres humanos que falem a sua linguagem e sejam capazes de penetrar-lhes o coração".

Na minha caminhada como professor, conheci casos de crianças e de adolescentes que melhoraram muito na escola (e na vida) a partir do momento em que se sentiram acreditados. Precisamos entender que existem mapas bem diferentes na mente de nossos filhos, além daqueles que a Geografia mostra, já ouvi em algum lugar que a distância mais longa que existe é aquela entre a cabeça e o coração; há equações (e inequações) que o coração precisa entender antes de qualquer sentença matemática; o coração que palpita no peito é muito além daquele órgão que se estuda na Biologia. Enfim, seu filho é mais, muito mais que um corpinho. O amor que você tem por ele veio antes de qualquer boletim, antes de qualquer travessura. Seu amor por ele é inegociável. A linguagem do amor será compreendida se estiver codificada em atitudes, amor não se sente por palavras, e sim por atos e gestos.

Quando o filho errar, mostre-lhe o certo pelo diálogo, pelo olhar de amor, pelas palavras de encorajamento. Quando as notas não estiverem boas, diga-lhe palavras de "vai, você consegue. Eu confio", "posso te ajudar?" Li outro dia que a educação tem raízes amargas, mas tem frutos doces. Não se apavore se a árvore não está frondosa, se ameça morrer no calor do verão, na seca no meio do deserto. No momento certo, o fruto vem. Nossa missão é plantar. Conhece algum semeador que maltratou ou pisou a semente momentos antes de semeá-la? Não, certamente não! Quem semeia está cheio de esperança na semente. Acredite, portanto. Crie no seu filho um coração sonhador, capaz de sobrevoar os desafios mais dolorosos da vida. Crie um vencedor (e não há vencedor sem coragem para lutar, encoraje-o!).

Dói quando encontro crianças e adolescentes que não regam sonhos, que não estão preparados para conquistar mundos e desbravar fronteiras. As salas de aula das escolas estão lotadas de crianças e jovens sem sonhos, que vivem diante de uma fatalidade, como se não tivessem nenhum papel aqui nesse mundo, como se todo mundo fosse robô, vivem um infinito "talvez, quem sabe". Sempre ouvi minha mãe dizer que o bem de maior valor que os pais deixam com os filhos é a educação/o estudo; com isso concordo, mas é preciso enxergar a educação muito além das disciplinas escolares. As maiores disciplinas que a vida exige não cabem e nunca caberão num boletim, serão gravadas na existência.

A educação começa no coração. Que nossos filhos, ao nos olharem, vejam pontes e não muros. Que venha sobre nós uma tempestade de sabedoria.



Um grande abraço. A gente se fala por aqui.
       Elias de Lima Neto/SOE




Para reflexão, fica este curta-metragem. Ele é uma amostra de que podemos impulsionar nossos filhos. Nossa forma de "desenhá-los" pode criar em torno deles uma moldura ou, simplesmente, encaminhá-los a fim de que tenham asas e visão de águia.




Crédito do filme: Márcio Ramos 



Dica de livro:


O que as crianças realmente querem que o dinheiro não compra, de Betsy Taylor.


Brava gente brasileira...



sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Calendário das Avaliações parciais do 3º bimestre

Do 6º ano ao 8º ano:

26/08/15
Gramática e Interpretação Textual e
Produção textual.

27/08/15
Matemática

28/08/15
História e Ensino Religioso

31/08/15
Ciências e Literatura

01/09/15
Geografia e Inglês


Do 9º ano Sênior:

26/08/15
Gramática e Interpretação Textual e
Produção textual.

27/08/15
Matemática

28/08/15
História e Química

31/08/15
Biologia e Literatura

01/09/15
Geografia e Inglês

02/09/15
Física e Ensino Religioso

terça-feira, 7 de julho de 2015

Gabarito do I Simulado do IFCE - 9º ano

1 - E
2 - D
3 - D
4 - B
5 - A
6 - B
7 - D
8 - E
9 - A
10 - B
11 - A
12 - D
13 - E
14 - B
15 - A
16 - B
17 - A
18 - A
19 - B
20 - D
21 - C
22 - B
23 - A
24 -D
25 - B
26 - B
27 - D
28 - D
29 - C
30 - E
31 - C
32 - B
33 - A
34 - A
35 - E
36 - D
37 – B
38 - E
39 - D
40 - C
41 - D
42 - B
43 - C
44 - E
45 - D