segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Nossos Filhos - Pais são exemplo!

O comportamento dos pais serve de exemplo para os filhos e isso se confirma facilmente: basta observar seus comportamentos, como a maneira de falar, de gesticular, de interagir com outras crianças e até mesmo com seus brinquedos. Os gestos dos pais são reproduzidos pelas crianças como se fossem suas miniaturas.

Dessa forma, cabe aos pais estarem atentos às suas atitudes e comportamentos, pois eles serão copiados e repetidos pelos filhos. Sendo modelos, os pais poderão ensinar maneiras mais saudáveis e adequadas para sua interação com o mundo e consigo mesmo. Alguns princípios devem estar embutidos nessa aprendizagem: o limite, o dever e o direito, pois só assim a criança aprende que para cada ação, existe uma consequência. Nesse processo a autoridade e a disciplina são fundamentais.

A disciplina não pode ser imposta pela força, ainda mais se considerarmos que ela vem da palavra “Discípulos”, ou seja, “alguém que aprende”. A aprendizagem, neste caso, deve estar associada à ideia de que ser disciplinado implica  na admiração espontânea e na tentativa de “copiar” esta pessoa, ou seja, os pais. A verdadeira autoridade deve se basear no exemplo e não nas condições de “dar ordens” ou castigar, atitudes comuns na conduta de muitos pais. As crianças em geral, admiram e imitam seus pais, um comportamento muito normal e esperado. Isso porque os veem como perfeitos, uma visão que só é posta em dúvida com o passar dos anos a partir da convivência com outras pessoas e da aquisição de novas experiências e conhecimentos.

Para  promoverem o compromisso do filho com certos princípios e comportamentos desejáveis, os pais devem considerar a necessidade de apego do filho a eles e lhe dar  a oportunidade de aprender no dia a dia observando o seu comportamento. É fundamental que os pais assumam a responsabilidade de que eles são as pessoas mais importantes para seus filhos e é principalmente na convivência familiar que a criança se desenvolve. Quanto mais forte esse vínculo e maior segurança e acolhimento os pais oferecem nessa relação, menos chances esses filhos terão de admirar e imitar exemplos negativos durante sua adolescência, por exemplo. Daí a importância de se preocupar com a disciplina e exemplos desde cedo.

A tarefa dos pais é de autovigilância. O autocontrole e serenidade são indispensáveis para transmitir segurança, confiança e admiração nos filhos. É necessário que haja coerência entre sua fala e suas atitudes. De nada valerá a cobrança imposta ao filho de bons hábitos e comportamentos se, na prática, os pais não oferecem condições nem exemplos que possam ser copiados. É até injusto cobrar aquilo que não se demonstra. Os exemplos envolvem uma variedade de condutas que serão experimentadas ao longo da vida, algumas delas serão reforçadas e outras deixadas de lado e é claro que, diante de modelos adequados, é diminuída a chance de se expor a comportamentos de risco que prejudiquem a si e aos outros.

Diante de falhas, o reconhecimento é necessário. Através dele é possível ensinar a responsabilidade de seus atos. Não existe nenhum manual técnico que ensine aos pais a maneira mais correta e segura de ser um bom exemplo, porém é possível saber que certas escolhas trarão benefícios ou prejuízos, a própria vida demonstra isso em seu dia a dia. Será a partir da própria experiência que os pais poderão decidir quais serão seus melhores exemplos, aqueles que desejam serem repetidos pelos filhos e que lhes trarão a satisfação, o prazer e a certeza do dever cumprido. É nobre querer o bem estar do filho e todo o trabalho, com certeza, recompensa. 
Autor: Equipe Medicina Preventiva do Bensaúde.
Fonte: www.picologiaeciencia.com.br (citada por bensaude.com.br). 


Agora, vamos assistir a este pequeno filme:



"Diga-me e eu esquecerei, ensina-me e eu poderei lembrar, envolva-me e eu aprenderei."

  Benjamin Franklin

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Nossos Filhos - Diálogo com os filhos

Há pais que, com a melhor das intenções, procuram criar um clima de diálogo com seus filhos, e tentam verbalizar absolutamente tudo. Essa atitude facilmente pode levar os pais a se converterem em interrogadores ou em fazedores de sermões, ou ambas as coisas.                                                           
Os filhos acabam por não escutar ou escapam com evasivas. Nesses casos, confunde-se o diálogo com o monólogo e a comunicação com o ensino. O silêncio é um elemento fundamental no diálogo. Dê tempo ao outro entender o que foi dito e o que se quis dizer. Um diálogo é uma interação, e para que seja possível, é necessário que os silêncios permitam a intervenção de todos os participantes.
Junto com o silêncio, está a capacidade de escutar. Há quem faça suas exposições e dê suas opiniões sem escutar as opiniões dos demais. Quando isso sucede, o interlocutor se dá conta da diferença do outro até ele e acaba por perder a motivação pela conversação. Essa situação é a que com frequência se dá entre pais e filhos. Os primeiros creem que estes últimos não têm nada o que ensiná-los e que não podem mudar suas opiniões. Escutam pouco a seus filhos, ou se o fazem, é de uma maneira inquisidora, numa posição impermeável em respeito ao conteúdo dos argumentos dos filhos. Essa situação é frequente com filhos adolescentes. Estamos diante de um dos erros mais frequentes nas relações paterno filiais: crer que com um discurso pode fazer mudar uma pessoa.
Através do diálogo, pais e filhos se conhecem melhor, conhecem sobretudo suas respectivas opiniões e sua capacidade de verbalizar sentimentos, mas nunca a informação obtida mediante uma conversação será mais ampla e transcendente que a adquirida com a convivência. Por isso, transmite e educa muito mais na convivência do que as verbalizações dos valores que se pretendem inculcar. Por outro lado, todo diálogo deve a possibilidade da réplica. A predisposição de guardar o argumento do outro e admitir que pode não concordar com o próprio são condições básicas para que o diálogo seja viável. Quando se parte de diferentes planos de autoridade, não haverá diálogo.
A capacidade de dialogar tem como referência a segurança que tenha em si mesmo cada um dos interlocutores. A família é um ponto de referência para a criança e o jovem: nela pode-se aprender a dialogar, e com essa capacidade favorecer atitudes tão importantes como a tolerância, a assertividade, a habilidade dialética, a capacidade de admitir erros e de tolerar as frustrações.


Fonte: guiainfantil.com

sábado, 19 de setembro de 2015

Dificuldade nos estudos?



Se o seu filho está com dificuldade nos estudos, oriente-o a procurar o SOE - Serviço de Orientação Educacional. Informações com o prof. Elias de Lima Neto, na Coordenação.

Olimpíadas de Matemática e de Português.




As inscrições estarão abertas a partir da próxima terça-feira, 22.09.

Níveis: 4º ano-5º ano; 6º ano-7º ano; 8º ano-9ºano

Valor da inscrição: um produto de higiene pessoal a ser doado ao Lar Torres de Melo.

Informações com o prof. Elias de Lima Neto, na Coordenação.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Nossos Filhos - Você trabalha a autonomia nos seus filhos?






"Mãe, vou viajar com a turma, tá?" - Claudia, 14 anos


"Pai, quero um smartphone de aniversário" - Gabriel, 6 anos



"Por que eu não posso ir sozinho até a padaria?" - Pedro, 7 anos



Que pai nunca titubeou diante de pedidos ou perguntas como essas? A cabeça começa a girar rápido: Eles têm idade e responsabilidade para isso? E se algo de ruim acontecer? Até que ponto soltar ou proteger?

Ver um filho crescer, amadurecer e tornar-se capaz de decidir seu destino de forma consciente, responsável, saudável é o desejo de todo pai. E, para que isso ocorra, há uma competência essencial que precisa ser cultivada desde cedo: a autonomia. A palavra vem do grego: auto - de si mesmo - e nomos - lei. Ou seja, a habilidade de estabelecer sua própria lei, de tomar uma decisão baseado nas informações disponíveis e em seu juízo moral. Usamos a palavra autonomia também para designar o quanto é possível funcionar e bastar-se sem precisar recorrer a auxílio externo.

Mas como estimular essa tomada de decisão por parte das crianças sem que elas passem a ditar as regras da casa? [...] Alguém de 3 anos pode resolver o que vai comer ou como se vestir? Seu filho de 7 anos pode escolher o que vai assistir na TV e por quanto tempo? Sua filha de 15 anos pode andar sozinha de madrugada pela cidade? Quando faz sentido uma criança ter seu próprio telefone celular?

Para esclarecer essa floresta de dúvidas pela qual os pais caminham, tateando, desenvolvendo-se junto com os filhos, acertando e errando, conversamos com a terapeuta ocupacional Lara de Paula Eduardo, com a psicóloga e pedagoga Adriana Haasz de Moura Gaunszer e com a fonoaudióloga Luana Magalhães. Elas atendem, de modo interdisciplinar, pais, crianças, adolescentes, escolas e professores no Núcleo Criação, em São Paulo.

"Estimular uma criança a fazer suas próprias escolhas é diferente de deixá-la mandar. Acredito que a baliza que devemos ter em mente é: caso a criança ou adolescente faça determinada escolha, ela ou ele têm condições de arcar com as consequências? E deve fazer isso?", explica Lara. Por exemplo: uma criança de 3 anos que escolhe o que comer - e muito provavelmente opta apenas por doces ou frituras a cada refeição -, tem condições de saber como isso afetará sua saúde? Se a resposta for não, essa escolha não cabe.

"Isso não significa que, até crescerem, não se pode permitir que as crianças façam opções para ir formando seu repertório", diz Adriana. "Você pode estimular escolhas orientadas, abrir espaços para a criança decidir dentro do que é razoável e importante para aquela família. Dizer ao seu filho que ele tem de comer algum vegetal e deixá-lo escolher entre brócolis, vagem e couve, por exemplo." O mesmo ocorre com as roupas. Não dá para deixar alguém de 3 anos sair de short no frio ou de fantasia sufocante no calor. Mas a criança pode optar dentro de uma pequena variedade.

Outra questão para se levar em conta é que cada filho é diferente. Por isso, os pais devem ir observando e aprendendo com as reações de cada um. "Para algumas crianças, lidar com muitas opções gera uma enorme ansiedade, elas não conseguem se resolver e isso em vez de ajudar, atrapalha. Já outras dão conta. É preciso respeitar e valorizar o processo de maturidade de cada uma, a sua singularidade", diz Luana.


Texto extraído da edição digital de Educar para crescer, em 11.09.15



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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Nossos Filhos - Autoestima





Olá, amigos do Colégio Ebenézer!


Vamos conversar um pouco sobre um assunto que preocupa bastante: a autoestima de nossos filhos. Pode parecer que não, mas faz muita diferença ter ou não autoestima, principalmente quando se trata das crianças e dos adolescentes de hoje. Em formação, eles têm muitas perguntas sobre si e sobre o mundo e nasceram na época em que a tecnologia afasta pessoas robotizadas. Tudo que pensam sobre si refletirá em suas decisões futuras e chega a refletir, inclusive, na aprendizagem e na vida escolar. Some-se a isso a seguinte informação: entre 2002 e 2012, cresceu 40% o número de suicídios cometidos por crianças e pré-adolescentes (10-14 anos) e 33,5% na faixa etária entre 15-19 anos. Além disso, cresce assustadoramente o número de crianças e adolescentes vítimas da depressão. Já aqui no início fica uma pergunta: diante desse quadro, por que tantas crianças estão viciadas em redes sociais?

Prossigamos.

Crianças e adolescentes precisam de alguém que os ajude para que possam enxergar a própria imagem/existência como algo positivo e importante. Assim, é interessante mostrar-lhes o quanto são especiais, o quanto são amados, o quanto têm dentro de si "elementos" que farão toda a diferença, que impactarão esse mundo, a história. Devem trazer a sensação de que eles não são robôs, são uma história a ser escrita.

Construir a autoestima dos filhos é simples: só é preciso lhes dar amor, faço referência ao amor de Coríntios 13, o amor que tudo suporta e que nunca se desfaz. Digo isso porque há muitos pais que tratam seus filhos de forma carinhosa/amorosa de acordo com os resultados que mostram: se forem bem nas notas escolares, no comportamento em casa e na escola. Ao contrário, devemos amá-los de forma incondicional, devemos cercá-los de amor, os braços deverão permanecer sempre abertos. Não significa dizer que perderemos força em nosso papel de corrigi-los, continuaremos sim dizendo "não" e dando-lhes limites sempre que necessário, só não usaremos isso para mostrar-lhes força, como se esse fosse o fundamental papel dos pais na vida de um filho. Aqui cabe uma frase de Augusto Cury, um grande pensador acerca do território da emoção: "Os filhos não precisam de pais gigantes, mas de seres humanos que falem a sua linguagem e sejam capazes de penetrar-lhes o coração".

Na minha caminhada como professor, conheci casos de crianças e de adolescentes que melhoraram muito na escola (e na vida) a partir do momento em que se sentiram acreditados. Precisamos entender que existem mapas bem diferentes na mente de nossos filhos, além daqueles que a Geografia mostra, já ouvi em algum lugar que a distância mais longa que existe é aquela entre a cabeça e o coração; há equações (e inequações) que o coração precisa entender antes de qualquer sentença matemática; o coração que palpita no peito é muito além daquele órgão que se estuda na Biologia. Enfim, seu filho é mais, muito mais que um corpinho. O amor que você tem por ele veio antes de qualquer boletim, antes de qualquer travessura. Seu amor por ele é inegociável. A linguagem do amor será compreendida se estiver codificada em atitudes, amor não se sente por palavras, e sim por atos e gestos.

Quando o filho errar, mostre-lhe o certo pelo diálogo, pelo olhar de amor, pelas palavras de encorajamento. Quando as notas não estiverem boas, diga-lhe palavras de "vai, você consegue. Eu confio", "posso te ajudar?" Li outro dia que a educação tem raízes amargas, mas tem frutos doces. Não se apavore se a árvore não está frondosa, se ameça morrer no calor do verão, na seca no meio do deserto. No momento certo, o fruto vem. Nossa missão é plantar. Conhece algum semeador que maltratou ou pisou a semente momentos antes de semeá-la? Não, certamente não! Quem semeia está cheio de esperança na semente. Acredite, portanto. Crie no seu filho um coração sonhador, capaz de sobrevoar os desafios mais dolorosos da vida. Crie um vencedor (e não há vencedor sem coragem para lutar, encoraje-o!).

Dói quando encontro crianças e adolescentes que não regam sonhos, que não estão preparados para conquistar mundos e desbravar fronteiras. As salas de aula das escolas estão lotadas de crianças e jovens sem sonhos, que vivem diante de uma fatalidade, como se não tivessem nenhum papel aqui nesse mundo, como se todo mundo fosse robô, vivem um infinito "talvez, quem sabe". Sempre ouvi minha mãe dizer que o bem de maior valor que os pais deixam com os filhos é a educação/o estudo; com isso concordo, mas é preciso enxergar a educação muito além das disciplinas escolares. As maiores disciplinas que a vida exige não cabem e nunca caberão num boletim, serão gravadas na existência.

A educação começa no coração. Que nossos filhos, ao nos olharem, vejam pontes e não muros. Que venha sobre nós uma tempestade de sabedoria.



Um grande abraço. A gente se fala por aqui.
       Elias de Lima Neto/SOE




Para reflexão, fica este curta-metragem. Ele é uma amostra de que podemos impulsionar nossos filhos. Nossa forma de "desenhá-los" pode criar em torno deles uma moldura ou, simplesmente, encaminhá-los a fim de que tenham asas e visão de águia.




Crédito do filme: Márcio Ramos 



Dica de livro:


O que as crianças realmente querem que o dinheiro não compra, de Betsy Taylor.


Brava gente brasileira...